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Amor sem Barreiras Capitulo 5 Final

Amor sem Barreiras Capitulo 5 Final

 

E caí, exausta e saciada, sobre o peito forte de Caíque. O vento brando da noite acariciava nossos corpos nus.

- O Maurício...

- Não vai acordar agora.

- Como você sabe? Ah, tinha esquecido... você vê o que eu não posso ver.

- É... alguma coisa. Não tenho super poderes.

- Ai, Caíque, eu estou tão confusa com tudo isso... o que vai ser de nós? Só tenho certeza de uma coisa...

- Do que?

- Eu te amo.

Ele me envolveu ternamente em seus braços. Eu me sentia aconchegada, protegida, como se nenhum mal pudesse me atingir.

- Fique tranquila, meu amor... já está tudo resolvido... se você quiser, claro.

- Como assim?

- Estive conversando com os Guardiões do Cemitério... 

- Quem?

- Os Espíritos encarregados de tomar conta das almas que estão lá no cemitério. Eles disseram que nós podemos ficar juntos, se você quiser, é claro.

Eu me sentei na grama e vesti a camisola. Caíque permanecia deitado, sorrindo. O luar se refletia em seus olhos de água. Nunca eu o vira tão bonito como naquele momento.

- Eu fui autorizado a esperar você, até o dia do seu desencarne. - explicou. - Enquanto isso, vou ficar trabalhando no cemitério, recebendo as almas que chegam, ajudando-as a encontrar seu destino. Mas à noite ficaremos juntos... depois, quando chegar a sua hora, seguiremos juntos para o lugar que merecermos, no mundo espiritual. O que você acha?

Eu sorri, deliciada.

- Seria maravilhoso, querido... mas e o Maurício?

Caíque fez um gesto decisivo.

- Vocês já estão separados. Ele não quer ficar com você. - olhou em volta. - A única coisa que ele quer é essa casa.

Era o que eu sempre sentira.

Caíque sentou-se também, me encarando com certa apreensão.

- Então, Ro, Você quer ficar comigo para sempre?

Em resposta, apenas caí nos braços do meu querido.

No dia seguinte, tive uma longa conversa com Maurício. Ambos chegamos a conclusão que nosso casamento fora um erro e pediríamos um divórcio amigável. Ele queria me deixar a casa, mas eu o convenci de que ele precisava mais dela que eu, pois ali era o lugar ideal para a clínica.

- Só você pra me exorcizar dessa casa! - comentou Caíque, rindo muito.

Mais complicado foi convencer minha mãe. Ela achava um absurdo nossa separação, tão pouco tempo após o casamento. Voltei a morar com ela durante alguns meses, até minha formatura, que aconteceu seis meses depois. Durante esses meses Caíque dormia comigo no quarto, durante  a noite. Estávamos cada vez mais apaixonados. Eu nunca pensei que pudesse sentir um amor assim.

Dei sorte, logo após minha formatura consegui um emprego num pet shop. Pude alugar um apartamento, muito acolhedor, num condomínio que ficava bem perto do cemitério onde Caíque estava sepultado. Muitas vezes, durante o dia, eu dava uma escapada e o encontrava por entre os túmulos, no  seu trabalho de ajudante dos Guardiões.

- Vim matar a saudade... - dizia, entre  beijos. - Caíque, mas... e se eu morrer muito velha? Voce não vai me achar feia?

Ele sorria, os cabelos dourados esvoaçando ao vento, aconchegando-me contra seu peito forte.

- A alma não envelhece, meu amor... pra mim, você sempre será linda!

As velhas árvores sussurravam ao nosso redor, como que entoando uma canção ao nosso amor. Um amor que duraria por toda a eternidade, por ventre as estrelas...

FIM


obrigado a todos agradecimentos Antonio Muniz Ramos