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Amor Sem Barreiras Capitulo 4

Amor Sem Barreiras Capitulo 4

 

- Vim o mais depressa que pude, Maurício... pelo amor de Deus, o que houve com a minha filha?

- Não sei, D. Helena... quando cheguei eu a encontrei desmaiada, caída no chão da sala, seminua. A porta estava fechada, não havia nenhum vestígio de arrombamento... não sei o que aconteceu com a Ro.

- Ro? Rosana, minha filha... fale comigo, por favor!

A voz de minha mãe soava distante, nebulosa... minhas pálpebras estavam pesadas. Onde eu estava?  Que acontecera?

Aos poucos, comecei a lembrar. A missa... Caíque... havíamos feito amor loucamente, um amor que eu desconhecia... Caíque... sentia ainda descargas elétricas de prazer percorrem meu corpo. Aquela boca... Caíque... aquelas mãos... Caíque... mas eu era casada... e ele estava morto... Caíque...

Afinal consegui abrir os olhos. Estava em nosso quarto , meu e de Maurício, em nossa cama. Haviam me vestido com uma camisola e me cobrido com uma colcha. Percebi, um pouco desfocados, os rostos de Maurício e minha mãe, que me encaravam preocupados.

Minha mãe se aproximou, afastando-me os cabelos da testa.

- Minha filha, como você está? Que aconteceu?

- Eu... não sei, mamãe... por que?

- Você desmaiou. - disse Maurício com certa frieza. - Eu a encontrei caída, quase nua, na sala... você lembra o que aconteceu, Ro?

- Eu? Não... - tornei a fechar os olhos.

- Não seria melhor chamar um médico, Maurício? - tornou minha mãe.

- Sim, D. Helena... vou chamar.

O médico veio. Mediu minha pressão, meus batimentos cardíacos. Tudo normal. Depois pediu para conversar um pouco a sós comigo.

Meu marido e minha mãe saíram. Ele sentou-se na beira da cama.

- Bem, físicamente, posso assegurar que você está perfeitamente bem, Rosana... - disse ele com bondade. - Existe alguma coisa mais que você queira me contar?

Vacilei.

- Seu casamento está indo bem? - indagou o médico.

Meu casamento! Eu traíra Maurício, pensei de repente. Mas... com um morto? Fiquei muito angustiada e me recostei na cama.

- Doutor, eu não tenho com quem falar... eu preciso me abrir com alguém, antes que eu fique louca. Se é que já não estou louca, não sei...

- Calma, Rosana, fique tranquila... e me conte o que está acontecendo... estou aqui para ajudá-la.

Tornei a me deixar cair sobre os travesseiros, e então vi Caíque, sentado numa cadeira próxima, sorrindo para mim. Sorri também, mas de repente a figura se evaporou.

- Doutor, eu... eu estou vendo gente morta! - confessei.

O médico me receitou um sedativo leve e indicou um colega seu, psiquiatra, que poderia me ajudar. Daquele dia em diante, notei que Maurício passou a agir comigo de modo diferente. Ele me controlava o tempo todo, estava desconfiado, como se estivesse convivendo com uma louca perigosa...

Aquilo acabou de azedar nossa relação. Três dias mais tarde de ter me encontrado desmaiado, ele tentou se aproximar de mim.

- Não me toque! - gritei indignada, pulando da cama. - Não chegue perto de mim, nunca mais!

Maurício empalideceu.

- Ro, você enlouqueceu de vez ... Eu sou seu marido!

- Me deixe em paz, me deixe em paz! - gritei, e saí correndo do quarto, descendo as escadas. Abri a porta e corri para o jardim, onde me sentei na grama, a chorar.

- Caíque! - chamei olhando para a lua. - Eu te amo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

- Eu também te amo. -  respondeu a voz grave e macia, bem perto do meu ouvido.

Caí nos braços de Caíque, que cobriu minha boca num beijo apaixonado, e fizemos amor mais uma vez, ali mesmo no jardim, sentindo o perfume das rosas e jasmins noturnos que desabrochavam...